
Caros amigos,
Equilíbrio! Essa é a palavra chave da vida, é isso que penso!
Porém um equilíbrio dinâmico, afinal tudo muda o tempo todo... E esse equilíbrio é feito de momentos de profundo desequilíbrio e uma dolorosa reflexão.
Mas como refletir os maiores desequilíbrios do homem?
A paixão é sem dúvida um deles! E quando ela se insinua e se recolhe, se insinua novamente e volta à rejeição... Não há equilíbrio capaz de fazer alguém respirar sem que o ar lhe invada queimando o peito em febre irracional.
Esse menor poeta, não sabe lidar com nenhuma de suas paixões... Entra chutando a porta, atrapalhado, sem saber como agir, dramático... Mas quando se tenta um mínimo contato com a máxima rejeição o que se pode fazer é restaurar o equilíbrio não pela conquista e criação de um possível amor, mas pela negação.
Fingindo que nada aconteceu, mas não sem ranhuras na alma e complexos no corpo.
Gostaria de ter entrado com mais cuidado em vida alheia, com a cautela dos que entram pra ficar, mas agora que entrei com alarde, não posso ficar sendo convidado a olhar a sala de estar num dia e ser expulso pelos pés sujos no outro.
Mas os desequilibrados tendem a escrever melhor, Pessoa que o diga: "E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu."
Um poema de desequilíbrio abaixo, abraço a todos!
Almas Irmãs
Às vezes eu quero chorar e me faltam lágrimas
Quero ler as entrelinhas do meu pensamento e as páginas
De um conto escrito em Português errado
Saber o que eu sinto quando me encontro triste e calado
Quero chamar a atenção de todos...
Fazer com que reparem o quanto eu sofro
Mas não consigo mais sofrer, nem ver meu rosto sempre pálido.
Eu só sinto uma alma doente em um corpo só e cálido
E eu me acostumei a ser como o mar
Estar feliz quando é preciso estar
E a fazer coisas que eu não quero
Mas hoje o teu sorriso eu espero
Preciso e venero, me calo o quanto eu quero.
Aguardo o tempo certo
Mas o tempo é árduo e o corpo, o espectro.
De toda dor que eu senti
De toda cor que eu não vi
E do amor que eu te pedi
Mas quando eu quis o sorriso e a despedida
Não estavas ali
Mas a alma é terna
Eterna, releva tudo e, quase, sempre espera.
Me leva ao mundo e à esfera do teu sempre.
Eleva e retorna ao fundo e quase esquece que é alma
Muda rumos, molda vidas, cria nortes e saídas...
Dá-nos crias e dádivas, toma-nos a vida.
Saúda mortos e cura almas feridas
E quando todas estão caídas é da ternura que se tira
A loucura eterna de almas que suportam corpos
E se erguem como se estivessem sempre ali
E fortes, retornam à vida...
A minha alma ainda não sabe o que é viver
Insiste em se esconder
Esconde o que sente
E só se encontra em ti
Sente dores e se esquece da condição de alma que é
Se nossas almas pudessem dançar...
E se os corpos levitassem
Eu te procuraria onde jamais pudesse encontrar
E faria com que teus olhos jamais me evitassem
Procuraria as palavras que eu não disse
Mergulharia na imensidão, verde, dos teus olhos.
Buscando chegar à tua alma
Extravasando pelos poros
Até que ela aceitasse a minha
Como se sempre estivesse ali.
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