É caros amigos...
Sem fotos nem nada, vou escrever esse só por que quero passar o tempo.
É bom pra aliviar o vazio do peito.
E é nessa sensação de vazio e de "quase" que eu vou postar um poema que escrevi quando bem moleque. É estranho reler essas coisas e ver que não mudei muito em certos sentidos...
Mas o poema vale, afinal algumas sensações antigas voltaram (não boas, mas voltaram)... Não entendo por que tudo muda e tudo volta. Mas...
Depois dele, um outro poema também na mesma ideia... a ideia do potencial que as coisas têm e da história que carregam. É estranho, mas sempre que ando por uma rua bacana ou coisa assim, tenho a loucura de imaginar o quanto de história essas ruas já presenciaram, casais se reencontrando, casais terminando, velhos amigos se conhecendo pela primeira vez... É angustiante, mas é bom pensar nisso...
Abraço!
Quase me lembrei
As lembranças de hoje me remetem ao tempo em que eu quase fui criança
Infância! Infância de lembranças mortas que eu nunca tive
Nos dias de pular corda que eu me lembro como se tivesse vivido
Ah! E não podia me esquecer da bola
A bola no pé, que nunca tocou o chão com a sola.
E só lá no fundo das lembranças que ela rola
E emerge da minha mente acenando e pra mim mente
A primeira flor que eu não vi
E é sempre o mesmo assunto! Eu tento, mas não mudo...
E retorno ao pó e ao fundo do que eu, quase, nunca fui...
Eu lembro do primeiro amor que eu vivi
Correspondido eu também correspondi
Mas foi só na minha mente
Que, calada, cria e desmente um passado tão perfeito quanto o presente.
E traz o medo do futuro...
Mas eu assisto, só, no muro, que um dia vai ruir!
E ontem quase adolescente... Quase ao lado de quem sente
O meu corpo quase quente... De quem tem éter na mente
Das drogas que eu provei você é eternamente
Pra quem quase teve você... Agora é ter na mente algo que eu preciso esquecer
Mas também é terna a mente, sabe o que é preciso escolher
Faz da escolha algo quase sem razão
Acolhe a vida de quem vai pra outro chão
Molda a escola e ecoa por paredes os gritos de evasão
E muda modas e costumes, cria castos e pagãos...
É como se o universo fosse paralelo
Aos ângulos luminares de um tempo que não existe mais
É a adolescência o começo e fim da vida, a dúvida quase dádiva...
À busca de um divã nessa saída... Mas não precisa fazer sentido
O tempo não é contido ele quase sempre é fugaz
Mas não precisa de um grito, mesmo calado eu a estou ouvindo e agora tanto faz.
O próximo é um pouco mais recente... dos tempos q trabalhava com turismo, ruas etc...
Informação Turística
Morrem os nomes das ruas
Morrem os homens da rua,
E as mulheres também,
Morrem todos aos milhares
Morrem os pássaros mais belos
E as plantas em procelas
Morrem ratos em castelos
Morrem reis em favelas
E pelas ruas passam carros
Que nos muros morrerão
E os casais que pela rua passam
Um dia nem seus filhos passarão
Mas a rua está sempre ali
Fria, sólida e vazia
Em sua mudez voyeur
Com história incrustada em cada grão de terra
Mas assim sempre nua,
Já sem nome, sem lembrança ou referência
Ainda jaz em ti a alma de toda rua
Nostalgia, medo e vã vivência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário