sábado, 30 de abril de 2011

1 Ano de Blog!


Caros amigos!!
Pois é, hoje me dei conta que o blog começou em abril, portanto, 1 ano!!
Tão útil quanto um jornal velho (que, aliás, seria seu nome inicial, se já não tivesse em uso), mas, ainda sim, é meu passatempo.
Não tenho tido muito tempo nem cabeça para escrever, mas estou com um texto quase pronto na mente, quem sabe na próxima edição!
Mas, para comemorar a data e também cumprir a promessa da última postagem, segue abaixo a saga do Amor Oplita, que, aliás, muito tem relação com o mês de abril. São 3 poemas relacionados a uma ideia um pouco criada por mim, mas fica a critério de vocês a interpretação. A única coisa que vale dizer é que, como vão observar, oplita está sem H. Quando escrevi pela primeira vez e conheci o significado do termo, ele era pouco usado no Brasil, foi antes da época de 300 no cinema, por exemplo. E aprendi o termo numa aula de teatro clássico com um professor ligado à escrita latina e em italiano Oplita aparece sem H, pesquisei na época e não encontrei, agora digitando no guru (google) aparecerá a sugestão de correção automaticamente para hoplita, mas eu mantenho a minha escrita e pronto! Que foi a mesma de meu professor!
Abraço a todos!

Amor Oplita

Contra os intróitos do amor ela grita,
Aos sons de clarim, a clarividência
Desse amor em primeira experiência,
E apesar do festim, se d’alma aflita
Surgem medos de um ser cosmopolita
No qual residem os desejos em se a-
venturar invocando a independência,
Respondo clamando um amor oplita
Que vença, unido, toda vã vivência,
E que faça de arma a flor mais bonita
E no peito uma flauta que palpita
Munidas por uma lauta eloqüência
Pois o amor é a cura que nos mata!
Razão desse escrever nefelibata!


Ao Túmulo do Amor Oplita

Depus as armas ao túmulo e chorei
E de joelhos fiz derradeira prece,
Promessa que em mim teu nome não perece,
Lágrimas são glórias de plebeu, não rei
Mas se me envileço enquanto choro, sei
Que não o corpo, mas a alma aquiesce
Um sentimento que a deuses enobrece
Por isso juro que sempre lutarei
E, na catedral de tuas dores, hei
De orná-las em flores e tudo que cesse
Todo teu sofrer, que tanto me enlouquece
E torna ímpias razões da minha lei
Peço pra que tua alma nobre reflita
Na minha, ao túmulo do amor oplita!


Soneto de Despedida ao Oplita Morto

Ontem pensei ter ouvido a tua voz
Fosse aqui ou fosse mesmo nalgum cais
Eram teus gritos calados, nada mais
A tanger meus ouvidos de modo atroz

Pranteava em gemidos como foz
Tentava pensar a esmo “tanto faz”
Eram pesares velados, nada mais
O ranger de elos partidos entre nós

Mas teus olhos não sofridos eram nus
De verves ou pruridos, de sombra ou luz,
Não diziam, ressecados, nada mais

E meus olhos afligidos foram crus
Se calaram olvidos, e eu não me expus,
Nossos sonhos malfadados, nada mais!