Mãos
de Relógio
As mãos ineptas,
Em concha, tentam colher a água
Que se esvai em lágrimas
Entre os dedos inaptos
Passa o tempo e não aquela mágoa
Que hoje cai na página
De um poema abrupto
Que como chuva precipita e afaga
A égide da alma
De um deus decrépito,
A água vira chuva que tenta e não apaga
A lápide dos sonhos da aurora.
Rodrigo Brioschi
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